Estresse e Terapias Alternativas
SYLVANIA KABILJO Terapeuta e Educadora do CEPEC-SP (Centro de Est. e Pesq. Clín. de S. Paulo); Graduada pela FFLCH/USP e Licenciada pela Faculdade de Educação da USP; Consultora em Metafísica da Saúde, especializada nas áreas de: Acupuntura Auricular, Shiatsu, Shantala, Cromoterapia, Florais de Bach, Reflexologia, Moxabustão e Ventosa.
Estamos vivendo momentos de mudanças profundas, em que as grandes tensões são diferentes de outros tempos. Para o homem das cavernas, o estresse seria se deparar com um animal feroz. Quando isso acontecia, seus músculos se retesavam, o coração disparava, a respiração acelerava e seu corpo se preparava para lutar ou fugir. Ele corria, ou arremessava algo sobre o animal, lutava se fosse preciso, mas no fim, quando já passado o perigo, o corpo relaxava, e tudo voltava ao normal e as alterações fisiológicas ocorridas em função da luta se estabilizavam, as taxas de hormônios se normalizavam e o homem preservava a saúde.
Hoje, a diferença quanto ao tipo de estresse é enorme, a correria do dia-a-dia, a violência, as pressões sociais, o desemprego, a busca da sobrevivência, e muito mais concorrem para desestruturar-nos a cada minuto. Inúmeras pesquisas foram feitas, por vários profissionais da saúde, principalmente na área médica, e todos são unânimes em relacionar diversas doenças tais como: cardíacas, câncer, distúrbios metabólicos, como o diabetes, distúrbios hormonais, como da glândula tireóide e vários outros, sendo que os problemas apareceram depois de um grande desgaste do organismo físico e psicológico.
O estresse pode ser definido como um conjunto de reações desenvolvidas pelo organismo quando este é submetido a uma situação que exige esforço de adaptação. Emoções negativas poderosas, pensamentos de hostilidade e medo, mágoas, tristezas prolongadas provocam mudanças fisiológicas complexas por meio da liberação de hormônios via glândulas: pituitária e supra-renais. A onda de transformações no organismo é dramática rápida e complicada. Mas é possível perceber, o aumento da pressão sanguínea, ritmo cardíaco, e até mesmo vasos coronários que podem entrar em colapso. A causa de tais patologias, não está nos acontecimentos externos, mas na importância que eles têm para nós. Na verdade, o estresse resulta da maneira como nós encaramos os fatos diários em nossa vida e não deles mesmos. Tudo na vida passa, seja bom ou ruim, o que podemos fazer é tentarmos de cada situação que vivenciarmos retirar o aprendizado positivo. Na realidade o estresse está dentro de nós e não se manifesta, por exemplo, no ato de um divórcio, ou na perda de um ente querido, mas sim no medo de perder quem amamos, ou de ficar sem as coisas que valorizamos, ou no medo de recebermos uma crítica pessoal. Nem mesmo a morte é tão ameaçadora quanto o medo de morrer.
O estresse age ao longo da mente para o corpo. A mente pensa, armazena informações e raciocina, mas é o corpo que expressa, que armazena os sentimentos e é nele que se guarda todo o estresse. Nos tempos das cavernas o maior perigo para o homem que saía a caça era encontrar inesperadamente um animal feroz, naquele momento aflorava o medo e o homem corria, movimentava o corpo e seu organismo se re-equilibrava. Hoje, o homem é sedentário, sofremos o estresse e continuamos parados, na maioria das vezes assentados, no carro, no escritório, etc.
O processo de estresse dura em média sete segundos: ao tomar contato com o fato estressante, o cérebro registra a ameaça, enviando sinais ao hipotálamo, que dispara um alarme, e em seguida tem inicio a liberação de hormônios para levar mensagem a várias partes do organismo que precisa reagir à ameaça, entre eles estão cortisona, adrenalina, hormônios do crescimento, epinefrina, norepinefrina, prolactina e outros. Quando prolongado, o estresse afeta o sistema imunológico, pois as glândulas do timo e as células do sistema linfático também são prejudicadas. Como resultado as células brancas diminuem em número, sujeitando o organismo a infecções e envelhecimento prematuro.
O estresse traz como sintomas, modificações do humor, depressão, pânico, ansiedades, modificações no teor de colesterol, distúrbios glandulares, hipertensão, taquicardia, mudanças no funcionamento dos intestinos, bruxismo, vitiligo, e tantas outras doenças consideradas psicossomáticas. Quais seriam então os tratamentos e cuidados necessários, para nos livramos do estresse, ou mesmo para preveni-lo o que seria o ideal. Já que podemos concluir, que estresse se inicia no campo emocional e energético, as terapias alternativas e energéticas seriam uma ótima possibilidade para sua resolução ou cura, desde que os cuidados fossem freqüentes e contínuos, pois as mudanças nem sempre positivas ocorrem em nossa vida a cada minuto. As terapias são as mais diversas, Acupuntura, Auriculoterapia, Meditação, Florais, Cromoterapia, Ioga e outras. Que serão buscadas através da afinidade de cada um, e, diga-se de passagem, todas promovendo a melhora tanto no campo físico quanto no emocional e psíquico.
O trabalho do autoconhecimento, a busca de nossa essência e da verdadeira identidade é que nos ajudará a achar o caminho da felicidade e alegria de viver.