Voluntariado
O milênio inicia-se com o ‘Ano Internacional do Voluntário’, o qual ao que tudo indica envolve-se emocionalmente na atitude solidária, principalmente aos menos favorecidos; que muitas vezes são traduzidos como potencialmente inúteis à sociedade, ou então doentes de grande peso para a mesma.
Na década de 60 – “Anos de Ouro” – um poeta, cantor e talvez um dos maiores ídolos da juventude da época, John Lennon, cantava em sua música Imagine: o amor, a solidariedade, a compreensão, o credo e a vida; pleiteando que todos se unissem para uma igualdade. O eclodir da vontade dessa igualdade renasceu neste milênio, tentando despertar programas de assistência, promovendo mobilizações coletivas que muitas vezes foram traduzidas como “voluntariados”.
Ser um voluntário deve, ao meu ver, ter uma conotação um tanto quanto diferente daquela que estamos assistindo (não que esta seja inadequada ou inapropriada), deve ser primeiramente vinculada a uma prévia e reconhecida capacitação do elemento que se propõe, como um voluntário, a oferecer seus diferenciados conhecimentos para uma comunidade ou um elemento sem, contudo, cobrar honorários; abrindo mão, portanto, de horas de seu trabalho de produção remunerada para melhor favorecer um terceiro.
O importante é reconhecer que o termo ‘fazer caridade’ significa necessariamente ceder algo de si que lhe faça falta e não o que você pode desvincular-se; obviamente dividir, ceder, ajudar, colaborar, melhorar a condição de seu próximo tem um grande mérito, mas é importante que todos ser empenhem ao oferecer parte de seu conhecimento íntimo para o crescimento assistencial.
Dar o seu único pedaço de pão ao seu próximo quando você estiver com fome, isto é uma evidente caridade. Dar um pedaço de você pode salvar uma vida.
We touch the future when we teach – Tocamos no futuro quando ensinamos – este é o mais importante papel, que espera-se na educação e na saúde, que o nosso país aguarda.
Prof. Dr. Zan Mustacchi